Game Branding: as oportunidades estão na tela

10 de novembro de 2011

No jogo Mário Bros, um dos clássicos da Nintendo, os personagens comem ou absorvem cogumelos vermelhos para crescer. No dia-a-dia das marcas não é diferente, o crescimento deve ser constante e algumas adotam como o seu cogumelo vermelho o mundo dos Games.

Imagine o seu personagem ou avatar de seu jogo favorito descendo de um helicóptero, em fuga, ele corre sob as ruas de Nova Iorque para não ser alcançado por uma facção terrorista, ele desvia das balas e faz o que pode, mas o tênis que ele usa não é Nike, não possibilita com que ele tenha um melhor desempenho, e o cara é alcançado. Ok, o exemplo pode ter sido simples, e mal elaborado estrategicamente, mas existe uma gama de possibilidades de inserir a marca em games e torná-la apreciada pelos gamers.

Quando focamos nosso olhar sobre o público que joga vídeo games, teremos uma gama extensa em suas diversas classes, sexo, faixas etárias e gerações. A cada dia é lançado algo diferente neste mercado, e o melhor, buscando a interação do jogador, o que aproxima o público feminino, mas, o melhor ainda, pode fazer com que este possa interagir com as marcas. A interação com as marcas, se aplicadas de uma forma planejada, gera boas experiências, novas percepções, manutenção e um conceito sobre as possibilidades que aquela marca pode lhe propiciar no mundo real.

O quero dizer pode ser explicado maravilhosamente bem por Clotilde Perez, que em seu livro “Signos da Marca: Expressividade e Sensorialidade” traduz como ocorre esta construção no imaginário das pessoas:

“Embora seja verdade que o consumidor geralmente percebe o produto genérico, sem marca, com entidade física, uma coisa, a maioria dos produtos também tem um aspecto psíquico latente, uma mitologia latente do produto. A percepção da existência da mitologia latente de um produto varia de produto para produto e de consumidor para consumidor. Entretanto, se os consumidores têm alguma consciência da mitologia do produto, geralmente ela não é muito evidente – é latente. Ela se encontra abaixo do limiar da consciência do consumidor na subjetividade e age como uma erosão sígnica em relação à marca”.

Agora vem o argumento que todo o administrador de empresa quer ouvir das nossas bocas, marketeiros e comunicadores sonhadores que só pensam em resultados intangíveis:

“É a consistência sensorial que cria fidelidade. Ela cria confiança e gera compras repetidas, já que as pessoas confiam nos sinais conhecidos. A consistência gera história, a história forma a tradição e as tradições levam aos rituais”

É perceptível que muitas empresas já adotam a Game Branding, mas não como poderiam, na realidade acho que criei uma nova nomenclatura, partindo do princípio que a área de Branding é muito recente. Não acredito que apenas posicionar um outdoor virtual possa gerar experiências, isto está mais para co-branding. Com certeza, seria muito interessante ver o Mário Bros com um All Star, mas, claro, todo cuidado é pouco quando estamos falando de culturas.

Uma baita sacada:


Minha sacada:

Eu, quando tive a oportunidade de traçar algumas estratégias de comunicação para um CFC de Novo Hamburgo, repassei a minha supervisora, a possibilidade em criar-se um game para o CFC, a qual fosse disponibilizado no site da empresa para que alunos e os prospects pudessem simular a prova de direção, algo que gerasse um cadastro de possíveis clientes, mas que pudesse gerar um buzz na imprensa e um valor à marca da empresa. Enfim, uma coisa puxa a outra, a internet trás os games, e os games as marcas.

Porém, não dê start em nada que não cumpra o discurso de sua empresa e que não atenda a nenhuma necessidade do público pretendido, do contrário vai virar lixo eletrônico.

Fica a dica para os colegas do MBA em Comunicação Estratégica e Branding, quem sabe não viramos teóricos neste assunto? Heheh, brincadeiras a parte, desejo a todos um bom jogo.

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Autor: João Rocha
Pós-graduando em Comunicação Estratégica e Branding
E-mail: joao.nh@gmail.com


João Rocha, graduado em Relações Públicas e Jornalismo, atualmente presta consultoria para empresas de pequeno e grande porte, faz parte da Plano 1 - Consultoria Universitária. Ministra cursos de extensão com os temas: "Eu marco, tu marcas"; "Marketing na área da saúde" e "Construção de conceito de marcas".

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