Agências de publicidade e suas 1001 utilidades

20 de julho de 2012

A moda dita o passo da sociedade. As antigas agências de publicidade, as quais hoje possuem um leque de serviços especializados, são em sua maioria a ditadora de regras e conceitos. Estão sempre a um passo a frente. Isso é ótimo! Mas, noto que essa diversidade de serviço não vem sendo tão aproveitada, pois, infelizmente, acima dos objetivos e necessidades do cliente está a sobrevivência do mercado .

Não é anormal perceber que muitas agências brasileiras estão cada vez mais especializadas, aquelas que continuaram só com a publicidade tradicional perderão espaço. A tendência é o oferecer um pacote completo, pois os estudos em marketing estão avançados, sabe-se hoje que não se vence a concorrência dos clientes apenas com anúncios criativos, mas, sim, com um posicionamento de marca guiado, linear e estratégico.

Nota-se que não há mais tempo para troca de conversas entre uma agência e outra, é preciso unificar o pensamento de uma marca, assim como as estratégias. Não existe mais espaço para a venda de um ou outro serviço, é necessário evoluir e entender o todo e proporcionar tudo, um dos papéis de um Brand Maker.

Na passarela do mercado atual desfilam marcas que estão trabalhando seu conceito, que apostam em ferramentas eficazes e que não seguem simplesmente a modinha. Querem engajar seus consumidores, querem transformá-los em multiplicadores, a palavra consumo vem perdendo espaço, a moda é multiplicar!

Em termos de multiplicação, os prestadores de serviços entendem bem, multiplicam cifrões a cada ação realizada, e, isso é um problema, pois nota-se algumas estratégias de alto investimento que não agregam em nada na vida do cliente, como a criação de uma página de Facebook para uma empresa que atende um público avesso as novas tecnologias, por exemplo. Falta pesquisa, falta o Cool Hunting.
O mercado de comunicação e marketing, muitas vezes, é o seu próprio câncer, pois ao invés de proporcionar experiências positivas a seus clientes, acaba traumatizando-os, fazendo com que não saiam do básico, que não ousem, que não entendam a moda.
Antes de inventar moda, os profissionais precisam ser, com o perdão da redondância, profissionais. Entender e filosofar que para cada estação existe uma forma de se vestir, e, que para cada mídia existe um público. O básico do básico!

Cliente, abra o olho, empresas 1001 utilidades podem cobrar mais barato, mas o resultado não será completamente satisfatório. Escolha uma empresa que pense sua marca, que chore por ela e que a defenda até embaixo de chuva de granizo.

Falta amor pelo cliente, falta gente com menos piti nas agências. Há muito insight, pouco conceito.

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Autor: João Rocha

Pós-graduando em Comunicação Estratégica e Branding
E-mail: joao.nh@gmail.com
João Rocha, graduado em Relações Públicas e Jornalismo, atualmente presta consultoria para empresas de pequeno e grande porte, faz parte da Plano 1 - Consultoria Universitária. Ministra cursos de extensão com os temas: "Eu marco, tu marcas"; "Marketing na área da saúde" e "Construção de conceito de marcas".

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